quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Leite com cardamomo

Na verdade, eu queria sumir. Tudo mais errado do que eu consigo conceber. E sem ter quem abraçar, sem ter como chorar, fiz uma caneca de leite, com mel e cardamomo.
Que me lembra de quando eu era pequena, e uma xícara de leite morno curava todas as infinitas dores. Que adoça, para não esquecer nunca-e-jamais da extrema doçura que deve guiar todos os passos. E cardamomo... pra eu não esquecer do sonho. O mundo encantado há de existir, mesmo com esses rios salgados. Cada vez que eu puder pegar o fouet, vai tudo ficar bem. Cada vez que minhas crianças sorrirem.

E, se só se vive uma vez, não perca tempo sendo triste, Lua. Mesmo que você só precise de um abraço.